quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A MATEMÁTICA DA SALVAÇÃO 1

      “Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida”(Rom. 5:18).

                                                ( J T x G ) – ( O x J Z ) = JTF+VD
                                                                           
Na matemática da Salvação, a graça de Deus, através do sacrifício de Cristo, anula o efeito da ofensa adâmica condenatória, e o que  resta é JUSTIFICAÇÃO E VIDA, para quem crê(πιστηι).

Se a ofensa é potencializada pela justiça de Deus que pede a sua punição; por ser Ele Deus Santo que não admite pecado em Sua presença. Logo, a ofensa traz consigo condenação indiscutível. Então, a ofensa adâmica inicial, capital, gerou uma dívida para a humanidade. Em contrapartida, o Apóstolo Paulo, doutrinando os Romanos e todos nós, neste tratado teológico explicativo, ressalta que o ato de justiça de Cristo gerou um crédito para nós. A obediência de Cristo cobriu a desobediência de Adão, trazendo a graça sobre a humanidade. Um pagamento suficiente pela dívida. Permitindo assim justificação e reaproximação para com Deus (vida = reconciliação). Então a fé em Cristo opera a Salvação que foi tornada possível, através de Seu sacrifício (Jo. 3:16; Jo. 5:24; Rom. 3: 21 -28).

  
1.   Por que falar de Salvação e sua lógica bíblica?
        
         Lembro-me de ter ouvido alguns teólogos afirmarem que a certeza de salvação enfraquece a frequência das Igrejas e faz com que os dízimos caiam. Por esta mesma razão interesseira e duvidosa, muitos deixam de pregar tudo o que a Bíblia ensina, neste âmbito. Tratar deste assunto não é acomodar as pessoas, mas torná-las esclarecidas e livres para servirem a Cristo por amor e gratidão, e não por medo.

1.1.         Explicando a Salvação, de modo prático

A equação acima explica a fé redentorista. Uma salvação operada por alguém que não é a própria pessoa, por seus méritos. Pois a afirmação escriturística demonstra que o homem não possui por nascimento a Vida Eterna, sendo pecador, através de Adão. Sendo, portanto, herdeiro da condenação.
Este é, portanto, o único argumento que realmente se diferencia de todas as linhas de pensamentos humanistas, estando legitimamente fundamentada na Bíblia Sagrada; não admitindo qualquer sincretismo. É um pensamento singular, pois não se harmoniza com as correntes humanistas do espiritismo, ateísmo, materialismo, ou até de alguns grupos evangélicos; além de divergir de todos os pensamentos que excluem a necessidade do Salvador ou Redentor. Para auxílio de nossa compreensão, vou utilizar aqui uma sequência de afirmações que inseri no último capítulo do livro “HISTÓRIAS DE PESCADORES – APRENDENDO A VIVER,LENDO A VIDA”(Ed. NOVO HORIZONTE, Recife, 2008):


DE ONDE VEIO
O PECADO?

 Salomão escreveu: “Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque”. (Ecl. 7: 20).
 Paulo, o Apóstolo, escreveu: “Não há quem entenda; não há quem busque a Deus. Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só... Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.(Rom. 3:11,12,23).

         Segundo a Bíblia Sagrada, todos os seres humanos, mesmo os mais dóceis e íntegros são pecadores e imperfeitos diante de Deus. Por causa da ofensa de Adão; de sua desobediência ao Senhor, no Éden, todos os seus descendentes foram contaminados:

         “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram. Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir.”(Rom. 5: 12 – 14)

         Temos presenciado uma humanidade envolta em erros, os quais publicam a sua condição pecaminosa e decadente, no âmbito espiritual. O ser humano comete pecados porque é gerado, essencialmente, pecador. Recebe sua natureza pecaminosa no ato da concepção (Sl. 51:5). Esta natureza se manifesta em nossa conduta, à medida que crescemos. Então, demonstramos sempre uma maior tendência ao erro do que ao acerto. Isto fica bem claro nas atitudes de egoísmo, orgulho, mentira, inveja, ciúme, quando ainda somos jovens. À medida que o tempo passa, nos tornamos mais propensos e suceptíveis ao pecado. Daí a violência, agressividade, a indecência, a falta de sensiblidade, e erros mais gritantes como os roubos, os assassinatos, a desobediência aos princípios e às pessoas; a violência das palavras, a vingança, a corrupção, a prostituição, a devassidão, o adultério, e tantas outras formas de pecado. Ressalte-se que não existem pecados mais ou menos graves, diante de Deus. Para Ele, todos são gravíssimos, e se distanciam de seu ideal de perfeição e bem-estar propostos como sendo o ideal para a vida do homem. A diferença é o grau de destrutividade que cada tipo de pecado possui, circunstancialmente. A boa formação familiar de um indivíduo, os traços de sua personalidade e temperamento podem ajudá-lo em lidar com o pecado, no sentido de atenuar os seus efeitos e a sua propagação social. Um pouco de disciplina mental pode levá-lo a evitar certos tipos de pecados, mas estas faculdades humanas não são capazes de neutralizar os efeitos mais profundos do pecado e nem impedem a sua incidência todo o tempo.
         Então, o pecado é universal. Todos nós somos pecadores, transgressores, ofensores. Somos sujos e imperfeitos, diante de Deus!


QUAIS OS
RESULTADOS
DISSO?

         “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus...Porque o salário do pecado é a morte”(Rom. 3:23; 6:23 a).

         “o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36b)   

         “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.”(I Cor. 6:9,10)

         “...todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida,  foi lançado no lago de fogo”. (Apoc. 20:15)

         Este é um dos pontos menos aceitos da revelação bíblica. Trata de como Deus julgará o pecado.  A culpa pelo pecado leva o homem pecador a uma eternidade sem Deus. Sendo Ele Deus Santo, Santo, Santo, não pode conviver com o pecado. Então, cada pecador não purificado estará distante de Deus. A Escritura diz algo que nos atinge frontalmente: Se uma pessoa morrer em seus pecados, será lançada no inferno, separada de Deus para sempre. O inferno é um lugar real, atormentador. Lá, o Diabo não reina; na verdade, ele também teme o fato de que será atormentado.
  
         “ e o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos. (Apoc. 20:10)

         Por causa de seus pecados não-perdoados, muitos seres humanos serão lançados no inferno. Esta é uma idéia aterradora; uma sombra que assola as mentes de muitos.


EXISTE SOLUÇÃO PARA
ESTE PROBLEMA?

         “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor; Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”(Rom. 6:23;João 3:16)

         As pessoas que afirmam que Deus é muito bom e não deseja lançar o homem no inferno estão certíssimas! E Ele decidiu provar isto de um modo indiscutível; de uma maneira clara, que não deixasse dúvidas.
         Como o pecado tem que ser julgado e punido, não podendo ser ‘desculpado’. Visto que Deus é Santo e não convive com o pecado; mas, uma vez que Deus ama as pessoas e não quer condená-las, algo tinha que ser feito que levasse em conta estes três fatos. Como resolver isto? A resposta: Um sacrifício substitutivo; uma vítima inocente substituiria os homens culpados. Por amar os homens, Deus quis reparar os seus erros, dando o Seu Filho por nós!...Nenhuma demonstração de amor podia ser maior! Um Pai entregando o Seu único e inocente Filho por criaturas culpadas! Por pessoas que não merecem! Que grande amor! Dá pra imaginar um amor maior?!
         Costuma-se dizer, em muitas culturas, que não existe amor maior ‘do que o de mãe’. No entanto, o grande amor do universo é o amor de Deus!

         “Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.”(Rom. 5: 6 – 8).

         Sim, Jesus, e não as nossas obras, é a prova do amor de Deus. Pois se a Salvação fosse através de nossas obras, Deus não seria Justo. Mas a Redenção é resultado da graça, do favor de Deus, que nós não merecemos:

         “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras para que ninguém se glorie.”(Ef. 2:8,9)

         Pense bem e entenda a “Justiça Matemática” do Senhor: Somos pecadores devido ao pecado original de Adão; somos Salvos, devido à graça de Deus, demonstrada em Cristo:

         “Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida.
Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.” (Rom. 5: 18,19)
    
         Esta verdade é libertadora e torna sem efeito concepções escravizadoras, idéias que apenas demonstram o quanto as pessoas precisam conhecer o fato de que há um Deus Vivo que as ama!

         Quem compreende o amor de Deus, sabe que não precisa pagar por pecados que já foram pagos; sabe que não precisa reencarnar para se purificar, aperfeiçoar-se! Pois se Cristo é quem está apto a nos redimir de nossos pecados, como nós iremos fazer isto? Tal condição anularia o sacrifício de Cristo! Ou seja, se a Salvação estivesse em meios humanos como a caridade,  o sofrimento nesta vida e/ou em outras, no carma, na igreja, no batismo, nas penitências, na repetição de sacrifícios,  na guarda de qualquer mandamento bíblico, isto anularia o sacrifício de Cristo e nós não teríamos, realmente, recebido uma prova cabal do amor de Deus!

         “Ora, eu vos lembro, irmãos, o evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes, e no  qual  perseverais,
pelo qual também sois salvos, se é que o conservais tal como vo-lo anunciei; se não é que crestes em vão. Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;
que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.(I Cor. 15: 1 – 4)
        
         A prova mais forte do amor divino por nós é o Cristo morto e ressurreto, pelos nossos pecados.

                                                                           Túlio Vasconcelos


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