domingo, 24 de junho de 2018

DESCOBRINDO JESUS CRISTO,O AMIGO.





               Acredito que um dos aspectos mais esclarecedores, que a Bíblia Sagrada traz, acerca da relação entre Deus e o ser humano, é o fato de apresentar Jesus como amigo daqueles que querem, e creem. O relacionamento que o Senhor Jesus Cristo deseja ter com as pessoas é de um amigo real. Inclusive, citações bíblicas que retratam a amizade divina com o ser humano são muito comuns. Como por exemplo, em Tiago 2: 23, o Apóstolo menciona a amizade entre Deus e Abraão.
               O termo amigo (ou amigos) ocorre, no texto bíblico, 106 vezes. Sendo, 52 ocorrências no plural (amigos) e 54 no singular (amigo). Significando, segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa (Ed. Nova Fronteira, 1998): alguém que é ligado a outrem por laços de amizade, companheiro, acolhedor; que ampara ou defende; protetor; apreciador e aliado.
                De acordo com a nossa cultura, pode-se afirmar que os amigos constituem um tipo de pessoa que está perto quando necessário. Alguém com quem podemos contar, nas horas difíceis; um companheiro que enxuga as lágrimas e que nos ajuda a sorrir. Alguém em quem se pode confiar, mesmo em um mundo tão desconfiado. Amigos são familiares que podemos escolher; pessoas da família que residem em outros endereços.
                Há, enfim, muitas frases sobre amizade, que refletem as boas experiências vividas, neste âmbito. E que fortalecem o pensamento de que podemos contar com nossos amigos, mesmo quando eles nos falam palavras que não queremos ouvir; mesmo quando nos corrigem, ou nos dizem, sinceramente, que erramos.
                A Bíblia, também, traz ampla cultura sobre amizade. O livro de Provérbios traz algumas referências famosas, a esta sublime virtude:


“O amigo ama em todo o tempo... (Prov. 17: 17a)”.

“Fiéis são as feridas dum amigo; mas os beijos dum inimigo são enganosos (Prov. 27:6)”.

“O óleo e o perfume alegram o coração; assim é o doce conselho do homem para o seu amigo (Prov. 27:9)“.

Em relação a Jesus Cristo e Sua condição de amigo, é interessante lembrar uma situação, narrada nas Escrituras. Em João capítulo 15, vs.13–15, Jesus falou e o Apóstolo João registrou:


Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.

Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.

               Se entendermos um pouco da essência dessas palavras, aproximamos mais a nossa compreensão do propósito de Deus, para a humanidade. Vamos distinguir algumas verdades aqui, para facilitar a compreensão:

Verdade 1: O Mestre, no verso 15, fala aos discípulos que os chama de amigos, porque os trouxe para mais perto do que na relação entre um senhor e seus servos. Claramente, Cristo manifesta a sua intenção de proximidade, conhecimento mútuo, instrução; preocupação em ensinar corretamente, trazendo entendimento profundo sobre a Sua missão, entre as pessoas. É como se Ele estivesse dizendo:
- Estou aqui, perto: sou amigo de vocês. Quero que vocês saibam quem eu sou e o que faço; o que penso e o que o Pai pensa. Entendam bem. Não estou longe, estou aqui, acessível.

Verdade 2:  O Senhor apresenta a condição clara de sua amizade com os discípulos. Ele fala de obediência. Essa obediência, dentro do contexto do capítulo está relacionada ao amor mútuo, entre os discípulos (vs. 12, 17): ”O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.“

               Jesus afirmou que amar as pessoas é ser obediente a Deus. Que amar é ação, doação de si mesmo. O tipo de amor que Ele denota, no contexto em questão, é amor divino.

               A palavra grega, usada para traduzir o amor no capítulo referido é αγαπήν (ágapen – v.13), que significa o tipo perfeito de amor, que vem de Deus e faz você amar sem esperar receber nada em troca. Amor incondicional, até as últimas consequências. Amor que nos torna leias, acima da compreensão humana, e que só está presente no ser humano que permanece na videira (Jesus - v.1).  Essa permanência demonstra nossa completa dependência de Cristo e nossa relação íntima com Ele, para viver esse tipo de vida, que sem Ele é impossível viver; dar frutos e ser discípulo (João 15: 4, 5, 8-10). O tipo de amizade pura, genuína, evidente entre cada cristão, demonstrará sua relação com Deus Pai que ama o Filho e se apresenta, exemplarmente, na perfeita comunhão com Ele (João 15: 10). A relação de amizade, entre os filhos de Deus, refletirá a própria maneira íntegra com que Jesus nos amou (v. 12). É fruto de conhecermos este amor, que é derramado, doado por Deus, a todo o que voluntariamente crê e recebe o presente da Salvação (Rom. 5: 6-9), através do sacrifício expiatório (redentor), de Cristo:

Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios (por causa dos pecadores, para salvar os pecadores: eu e você - grifo do autor)

Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.

Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.

Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.





Verdade 3:  No verso 13, temos Jesus declarando, antecipadamente, a sua morte por cada pessoa, na terra. Ele fala da amizade real que tem por nós. Aqui, vê-se, claramente, o desejo de Cristo em se tornar amigo de cada pessoa da humanidade, no grande abraço da Redenção(pagamento pelos pecados).  Ele diz que a maior prova de amizade é alguém dar sua vida (ψυχην – psíquen); toda essência física e invisível, morrendo, literalmente, pelos seus amigos. Ele está explicando o tipo de amor com que nos amou, descrito no versículo 12. Ele está declarando que se fez nosso amigo e espera que façamos todos os sacrifícios, em nosso relacionamento cristão, que é amizade pura, com cada pessoa da terra. E que isto motive as pessoas a desejarem se tornar amigas de Jesus, assim como Ele deseja...


                                     Mas todos são amigos de Jesus?   

               A amizade de Cristo é uma opção. Não temos que aceitar. Somos livres para escolher (ou não) receber, entender, aceitar esse convite amigável de Jesus Cristo. Ele não impõe, como qualquer pessoa ética, madura, sensível, a Sua amizade para nós. Ele possui um caráter capaz de compreender as pessoas que não desejem Sua amizade, Sua companhia.
               Há muitas pessoas, que como eu (durante algum tempo de minha vida), não mergulham na profundidade e no significado de ser amigo de Jesus. Eu gostaria de tentar explicar um pouco mais:
              
                Há anos atrás, uma vez, uma pessoa de minha família a quem eu amo muito e respeito, falou que não pode aceitar a ideia do sacrifício de Cristo, por toda a humanidade. Ele disse:

              - Tulinho, ninguém pode pagar pelos pecados de outra pessoa. Ninguém pode pagar as dívidas de outro. Ninguém pode pagar os crimes de outra pessoa.

              
           Eu poderia concordar com ele e tantas pessoas que amo, se visse Jesus como um espírito de Luz, altamente evoluído. Se O visse como um irmão mais crescido do que nós. Se cresse que Ele morreu por seus próprios pecados, seu carma. E que continua, no plano espiritual, buscando aprendizado e conhecimento; aprimoramento.
            Eu poderia entender Cristo, como sendo um revolucionário histórico, idealista, que ensinou amor e foi derrotado pela incompreensão humana.
           Eu poderia pensar que o Cristo ficou morto e foi enterrado. Seu corpo foi roubado pelos discípulos. Ele foi tão injustiçado...
             
               Mas, ao examinar a Bíblia Sagrada,vejo que Jesus é mais que isto:

·        Em Isaías 9:6, Jesus recebe, profeticamente, os seguintes predicados 660 anos, antes de nascer. OBSERVE:

           Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: MARAVILHOSO CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI ETERNO, PRÍNCIPE DA PAZ.

·        Em Isaías 7:14, Isaías 8:8 e Mateus 1:23, Jesus é descrito como EMANUEL:

Isaías 7: 14 - Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.

          Isaías 8:18 - e passará a Judá, inundando-o, e irá passando por ele     
          e chegará até o pescoço; e a extensão de suas asas encherá a   
         largura da tua terra, ó Emanuel.

          Mateus 1: 23 - Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o
         qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.

 
               Esses textos e tantos outros falam da divindade de Cristo e de Sua proposta proximidade com as pessoas. Que outra crença ou fé, ou doutrina nos apresenta um Deus tão amigo? Tão acessível? Não é de admirar que as pessoas rejeitem tanto a ideia de um Deus amigo? Um Deus pessoa? Um Deus que se colocou como Servo? Um Deus que foi capaz de nos amar tanto e vir aqui e ir à cruz, para provar que é nosso amigo, ao ponto de pagar a nossa dívida. Pois, UM AMIGO PAGARIA AS DÍVIDAS DO OUTRO.  É ISSO QUE AS RELIGIÕES NÃO ENTENDEM SOBRE JESUS. Aí está o x da questão.

                A amizade de Jesus nos ensina a amar as pessoas; ensina-nos a nos sacrificar por elas, como Ele se sacrificou por nós...
        Então, faço um desafio a você: apenas, feche os olhos e diga, sinceramente: JESUS, EU QUERO QUE SEJAS MEU AMIGO E SE ESTOU ERRADO EM RELAÇÃO A VOCÊ, MOSTRE-ME AGORA.

            Se você não acredita em mim, e em tudo o que escrevi, não tem problema. Mas, faça isso de verdade, com toda sua fé e veja o que acontece...


                                                              Túlio Vasconcelos.


quarta-feira, 16 de maio de 2018


O CAVACO E A MENINA

“Singela homenagem de gratidão, pelas vidas de nossos amados irmãos e amigos, Rafael e Patrícia”. 
                                                                     

QUANDO A TIMIDEZ SILENCIOSA É TROCADA POR MÚSICA, O CAVACO DEDILHA SEU LOUVOR A DEUS...
E CONTAGIA, E ALEGRA, E CHAMA OS VERSOS QUE A MENINA RECITA.
O SENHOR É LOUVADO, EM CANTO SINCERO, SEGURO.



CANTOS QUE LEMBRAM O ZAQUEU ESCALANTE; OU AS VIDAS DAS QUAIS O PASSADO NÃO IMPORTA, POIS: ”ELE NÃO DESISTE DE VOCÊ“; OU A PEQUENA NUVEM DO TAMANHO DA MÃO DE HOMEM, QUE TEMPESTEIA EM CHUVA DO SENHOR...



ENTÃO, O CAVACO EMITE SEU SOM GRATO, AMIGO, FIEL. ELE É CONSTANTE, É DISCÍPULO, FAZ DISCÍPULOS. A MENINA O ACOMPANHA: SÁBIA, COMPANHEIRA. LOGO, OS AMIGOS SE AJUNTAM, EM LOUVOR AO DEUS DAS VOZES IMPROVÁVEIS; DOS INSTRUMENTOS QUE SE PROJETAM, EM UM TURBILHÃO DE SONS QUE BANQUETEIAM, QUE EXPLODEM DE GRATIDÃO: MÚSICA VIVA!...



VAI, CAVACO; VAI, MENINA. CONTAGIEM OUTROS AO LOUVOR. OUTROS QUE VENHAM SERVIR AO NOSSO GRANDE DEUS, MAESTRO DAS VIDAS, PLATÉIA SUMA DOS QUE DE FATO O LOUVAM.
ELE MESMO, QUE É O DEUS DOS AMIGOS, QUE SUPLANTA DISTÂNCIAS. POIS UNE SEUS FILHOS, VENCENDO A GEOGRAFIA, POIS QUE HARMONIZA SUAS VIDAS, NO AMOR PRIMEIRO, MUSICAL, ETERNO.



                                                                                                            Túlio Vasconcelos.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

OS AMIGOS ANÔNIMOS (JÓ 6:14; SALMO 35:13,14; PROV. 17:17; LUCAS 10:30-37)

      

Hoje, eu quero dedicar um tempo a agradecer aos meus amigos anônimos. Sim, porque eles existem, na forma de pessoas que fazem grandes obras primas de gentileza, sem esperar que sejam aplaudidas pelos seus grandes gestos de amor. Fazem parte de nossas vidas e nos dão o acolhimento da compreensão, quando falhamos. São misericordiosos, em se colocar em nosso lugar. Carregam consigo o olhar da cura, que é empatia, que é tolerância, que é absolvição e perdão, ao cairmos. Mas, que também sabem corrigir; pois, lembram que um dia precisarão, ou necessitaram de correção; e a receberam respeitosa, sábia e honrosa. Pois, corrigir sem respeitar é pecar duas vezes...
        Os amigos anônimos são aqueles que chegam, como estranhos e silenciosos, à semelhança do bom samaritano.  No entanto, são generosos, profícuos, altruístas; ajudam a quem não pode lhes devolver o favor; socorrem quem está tão ferido, que nem viu o apoio chegar...vão embora, pagam a conta e entram para a história: anônimos e heróicos. E agem despojados de apego às compensações, ou sem achar que perderam a chance de serem ovacionados. Ao contrário, alegram-se pela vida que salvaram, a esperança que devolveram, a saúde que ajudaram a restabelecer; pelo fato de que é maravilhoso doar-se, cuidar, servir...
      Amigos anônimos são, em muitos aspectos, semelhantes Àquele que tomou o nosso lugar na dívida eterna. Eles carregam a cruz conosco; perdoam mais do que é devido, e estão aonde não podemos estar; limpam a sujeira que fizemos, consertam o que quebramos...
       Ah, sim. Mas, Deus os recompensará...a misericórdia os alcançará no dia de angústias, pois o Senhor Eterno retribui aos que abençoam em secreto; e que não tocam trombeta diante de si mesmos; que nada fazem com o anseio de serem vistos e homenageados pelos homens. 
          Ah, quanto aprendo com os amigos anônimos e samaritanos da existência! Com o exemplo deles, remeto-me a ser cristão de verdade, gente de verdade. Sou grato pelas grandes lições de suas vidas generosas. Sou esperançoso de que alcancem o abraço eterno do Mestre Amado, ao permitirem que Ele complete em cada um deles a Obra redentora que só o maior de todos os amigos pode fazer por nós...
       Agradeço ao MAIOR AMIGO JESUS, por Seu exemplo de amor desapegado, o qual inspira os amigos anônimos que encontrei, na minha vida. Que Ele abrace aos que eu não consigo, por nem saber quem são...
       Enfim, que contem com as orações de alguém que, em algumas madrugadas, clama para tentar ser um dia tão generoso e nobre, quanto vocês. QUE DEUS VOS ABENÇOE!

                                           TÚLIO VASCONCELOS