Há alguns anos , li um
artigo de um jornal recifense: “Edir Macedo no topo da lista da Forbes”(JC,
sábado 19.01.13- economia p.06), o qual foi muito esclarecedor. Motivei-me,
então a escrever, com a finalidade de oferecer ao leitor algo que estabeleça
uma diferença entre a realidade dos grupos que vivem em realidades financeiras
muito privilegiadas, e os grupos evangélicos que possuem líderes competentes,
comprometidos com o pastoreio, aconselhamento e ensino das famílias. As
questões financeiras relacionadas a pastores de Igrejas históricas ou grupos
denominacionais evangélicos dependem sempre dos seguintes aspectos:
1.
Aprovação
da Igreja local ou de uma comissão constituída por voto, em sistemas
regimentais, para este fim; as ofertas pastorais (probendas) precisam ser
aprovadas em assembléias ou reuniões. E não são os pastores que “aumentam” a sua
remuneração;
2.
As
condições da comunidade cristã, na qual se está trabalhando. Há pastores que,
por exemplo, trabalham em atividades seculares, para manterem as suas famílias.
Com o tempo e o crescimento das igrejas e congregações, e o reconhecimento pelo
trabalho, as remunerações podem sofrer ganhos, com o passar do tempo. Isso
dependendo da integridade e comprometimento daqueles líderes; pois, no caso dos
grupos evangélicos tradicionais, as exigências quanto ao caráter dos ministros
é muito alta, por parte de membros e congregados; a avaliação é diária e
criteriosa.
Em suma, pastores éticos não
controlam e nem manipulam o dinheiro das igrejas. Recebem ofertas ou
prebendas(na linguagem jurídica) pelo seu trabalho de pregação, visitação,
ensino, acompanhamento a enfermos, administração eclesiástica e dedicação
integral ou semi-integral à comunidade cristã. Essas ofertas possuem valores e periodicidade
decididas pelas igrejas ou congregações, em assembleias regulares; e os valores
são entregues aos pastores em data marcada, pela tesouraria da instituição,
mediante assinatura de recibos comprobatórios. Um pastor coerente com o modelo
bíblico, também participará do sustento da sua igreja ou congregação, sendo
dizimista e ofertante regular; por decisão voluntária e ato de gratidão e
adoração a Deus (I Crôn. 29:2,3,6-9,14; Números 18:26; Neemias 10:38; Malaquias
3:10,11; Mateus 23:23; Lucas 11:42; 18:12; Heb. 7:2, 4 - 9).
Saliente-se, ainda, que uma das grandes diferenças, entre as igrejas
neo-testamentárias e os grupos que se destacam pela sua arrecadação financeira
“exótica”, é que o dinheiro não é o foco principal (no primeiro caso), e todo o
recurso financeiro voltará para a comunidade na forma de ação missionária e
evangelística; educação cristã, apoio espiritual, ensino ético e consistente;
fortalecimento das famílias, recuperação de vidas (drogados); ação social
diversificada, atividades de socialização; melhoramento da infra-estrutura dos
templos e salas de aula; treinamentos diversos, apoio saúde e tantas outras
ações. Pois o objetivo é o mesmo de Jesus Cristo: Glorificar a Deus, edificando
as vidas.
Túlio Vasconcelos
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